quarta-feira, 7 de março de 2012

Imaginaerum ... Nightwish

Por Schirlei Moraes





Nightwish sempre foi uma banda que chamou minha atenção desde a época da adolescência. Seu estilo voltado ao Metal Sinfônico consegue me cativar.  

Em 2005, com as mudanças bruscas que ocorreram na banda, cheguei a acreditar que o Nightwish iria perder parte da sua essência com a saída de Tarja nos vocais. Confesso sim, que fiquei desconfiada com a entrada de Anette, fiquei triste e desacreditada que a banda conseguiria reencontrar seu caminho, principalmente por ser fã assumida do trabalho de Turunen e depois do lançamento do CD anterior, o “Dark Passion Play”, que não foi um álbum impactante, na minha humilde opinião.

Porém, o mundo dá muitas voltas, e eis que em 2011 surge Imaginaerum... Como posso definir este álbum?? Encantador?? Surpreendente?? Magistral??

Acha que estou exagerando na definição?? Então faça o seguinte: Primeiro, escute o álbum, depois volte a ler meu comentário...

Quando saiu a notícia do lançamento de Imaginaerum, não fiquei muito entusiasmada por conseqüência da experiência anterior.  Mesmo assim, quis conferir e desta vez, não tive apenas uma grata surpresa como fiquei abismada com a qualidade musical.  Tuomas conseguiu me deixar de queixo caído... Acertou em cheio na concepção desse trabalho.

Desde a belíssima Arte da Capa até suas primorosas canções, a proposta de Imaginaerum é contar a história de um velho compositor relembrando sua vida em seu leito de morte e, por meio desda idéia, foi concebido para ser a trilha sonora de um pequeno filme feito por Strobe Harju .  E assim, o álbum é apresentado faixa por faixa, como se fôssemos transportados para um mundo mágico de sonhos e trevas.

A Introdução do álbum com a canção"Taikatalvi",  cantada em filandês por Marco Hietala é fascinante, quase teatral. Entre suas músicas, minhas favoritas são as poderosas “Song Of Myself “, “Ghost River” ,  e a belíssimas “The Crow, The Owl And The Dove” e “Turn Loose The Mermaids” onde os vocais de Anette conseguiram me conquistar com sua sensibilidade e ternura. Ainda destaco a faixa instrumental “Arabesque”, que me remeteu aos sons tribais de batalhas medievais embalados por tambores de guerreiros.

Resumindo: Imaginaerum é muito mais que um álbum conceitual. É um divisor de águas do Nightwish e a prova que sempre é possível se redescobrir, se reinventar e transformar grandes idéias em obras genias. 




resenha disponível no site www.darkradio.com.br.





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